Mulheres da Biblia_ A mulher samaritana


 
 
           A História de Samaria - A Geografia

 
 O texto simplesmente diz que Jesus “teve de passar por Samaria” (vs.4). Talvez, neste momento uma curta aula de geografia seja útil. As terras Samaritanas ficavam entre as terras da Judéia e da Galiléia. O caminho contornando Samaria levava o dobro do tempo, ao invés dos três dias necessários indo direto da Galiléia a Jerusalém, porque evitando Samaria era preciso atravessar o rio Jordão duas vezes para seguir um caminho a leste do rio (Vita 269). O caminho através de Samaria era mais perigoso, porque eram comuns os ânimos se exaltarem entre Samaritanos e Judeus
Não nos é dita a razão pela qual Jesus e seus discípulos precisavam passar por Samaria. João simplesmente diz que Jesus “tinha que ir” implicando que para Jesus isto não era comum. Ele é Deus! Tinha propósito, e motivo era uma mulher.
O caminho natural para a Galiléia que Jesus e seus discípulos fariam (cerca de 175Km), seria pelo vale do Jordão, mais ventilado e seguro, ainda que Jesus julgava necessário passar por Samaria.
Já estava escrito: SALMO 139
 
CONTEXTUALIZANDO A HISTÓRIA
 Os Judeus e os Samaritanos estavam envolvidos em uma disputa secular de ódio.
Este conflito ocorre após a morte do rei Salomão, quando aconteceu a revolta das tribos de Israel, conhecido como Cisma. O reino foi dividido em duas partes. O reino de Judá, mais ao sul sob o comando de Roboão (filho de Salomão) e o reino de Israel ao norte comandado por Jeroboão.
 O reino do norte, reino de Israel que englobava dez tribos, foi posteriormente invadido pelos assírios. Os assírios tinham como tática miscigenar a população conquistada através de casamentos, diminuindo o seu sentimento nacionalista e evitando possíveis revoltas por independência.
Isso fez com que os habitantes do reino do norte fossem considerados como pagãos pelos demais Judeus. A adoração e o culto de divindades dos assírios ajudaram a aumentar ainda mais essa divisão.

 

 
 

Jesus e a Mulher Samaritana 

Era hora sexta, por volta de meio-dia, quando o mestre inicia o diálogo com a mulher samaritana. Interessante constatar que ao meio-dia não era o horário normal de retirar água do poço de Jacó, naquela região. O clima quente e seco, o sol no esplendor de sua força, fazia com que as mulheres buscassem água em outra hora.
 
Talvez aqui no texto a ideia principal sugira que aquela mulher, tinha uma vida moralmente duvidável. Ela era mal vista pela comunidade samaritana e evitada por outras mulheres. Era um mau exemplo naquela sociedade, considerada pelos religiosos como pecadora.
 Assim a Mulher Samaritana veio em uma hora em que as outras estariam preparando o almoço, cuidando de suas famílias, podendo assim evitá-las.
Ela sofria preconceito por ser mulher, discriminação dos Judeus por ser samaritana e dentro da própria comunidade, por ser considerada uma pecadora imoral.
 
A Mulher Samaritana só não sabia que aquele quem falava com ela não discriminava a ninguém e nem fazia acepção de pessoas. E Jesus estava ali, oferecendo da água viva.
 Beba dessa ÁGUA!
 
Disse-lhe a mulher: "Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, e não venha aqui tirá-la". João 4:15. A samaritana novamente pensa no material e pensa na comodidade. Era cômodo não precisar mais voltar a retirar água do poço.
 
Mas o Jesus confronta nossas maiores necessidades, ele nos sonda e nos conhece inteiramente, Ele veio para apresentar um caminho estreito, e não um evangelho de comodidades materiais.
 
Jesus pregava o verdadeiro e único evangelho, a fonte que jorra para a vida eterna. O CAMINHO A VERDADE E A VIDA
 
Jesus completa então com a revelação da vida que a mulher samaritana levava. Queria mostrá-la que ele tinha a água para saciar a sede que ela possuía. Sede esta que a fez procurar saciar-se em vários relacionamentos fracassados.
Era uma busca que nem ela mesmo tinha consciência. De homem em homem, procurando aliviar essa sede. Esta busca terminou no dia em que encontrou com o mestre e pôde beber da verdadeira água viva.
Quantos de nós queremos aliviar o vazio, a sede com coisas que não nos preenche. Essa mulher estava assim, não sabia o que precisava realmente, até encontrar com Jesus.
 
A samaritana voltou à cidade com sua fonte interior cheia, completa, saciada, jorrando água viva. Não pode se conter e anunciou aos homens que conhecia. Eles foram imediatamente ter com Jesus. E creram e também saciaram a sua sede de salvação.
 Agora, os Samaritanos não dependiam mais de templo, monte, ou lugar algum, porque "os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem". João 4:23
 
 


O silêncio entre os versículos 18 e 19 provavelmente representa um dos mais sérios momentos na vida inteira dessa mulher samaritana. Sua vida era uma confusão. Ela tinha passado de um homem a outro e estava agora numa relação insatisfatória com um homem que nem era seu marido.

Ela trabalhava, comia e bebia. Ela teria, provavelmente, feito essa mesma monótona viagem ao poço 1000 vezes, antes. No momento, ela estava falando com alguém que lhe oferecia vida eterna, e cujas palavras provavam que ele era capaz de cumprir a promessa. Esse foi um momento crucial em sua vida.
O homem judeu e a mulher samaritana estavam agora falando a mesma língua. Não havia mais preocupação com a água de um velho poço. Agora ela estava tão intrigada com a conversa espiritual com Jesus que esqueceria o seu próprio cântaro, quando ela se fosse. Porém ela ainda não estava pronta para sair. Jesus tinha despertado-a, espiritualmente.

O que você faria na situação dela?

Começaria imediatamente a fazer as mais importantes perguntas de todas? Buscaria saber como agradar ao Senhor?

Ela o fez. Sua pergunta no versículo 20 foi diretamente ao ponto: onde ela deveria adorar para ser aceita por Deus?
Há bastante história por trás da pergunta dela. Durante séculos os samaritanos tinham defendido suas práticas de adoração em outros lugares, tais como o Monte Gerizim ao qual ela referiu-se em sua pergunta (neste monte). Os judeus, apesar de seus erros em outras coisas, continuavam a defender corretamente a importância de Jerusalém como a cidade designada por Deus como o local de adoração.
 

A resposta de Jesus desafiou-a a desviar seus olhos do monte e olhar para dentro de sua alma.


REFLEXÃO:
 
“Então Jesus disse: — Se você soubesse o que Deus pode dar e quem é que está lhe pedindo água, você pediria, e ele lhe daria a água da vida. ” João 4:10.
 
Creio eu que a mulher samaritana fazia a mesma coisa todos os dias por anos. Ela buscava água no mesmo poço e a encontrava, sempre na mesma hora todos os dias.
 O que ela não sabia é que exatamente naquele dia seu trajeto simples e rotineiro encontraria pelo caminho a água que saciaria a sua sede para sempre.
 
As evidências de sua história apontavam por buscar algo que a preenchesse e que até aquele momento ela não conhecia.
 
Aquele que estava para ofertar se coloca na condição de pedir: “— Por favor, me dê um pouco de água. ” João 4:7
 Era o olhar de Jesus para dentro as profundezas do coração humano, aquela que estava acostumada a servir receberia naquele dia VIDA! .
Ele estava sentado ali para ressignificar uma vida sem significado algum. Embora viva ela estava morta.
 Clique para ensinar ao Gmail que esta conversa é importante. “Então Jesus disse: — Se você soubesse o que Deus pode dar e quem é que está lhe pedindo água, você pediria, e ele lhe daria a água da vida.”João 4:10.

Creio eu que a mulher samaritana fazia a mesma coisa todos os dias por anos.
Ela buscava água no mesmo poço e a encontrava, sempre na mesma hora todos os dias.

O que ela não sabia é que exatamente naquele dia seu trajeto simples e rotineiro encontraria pelo caminho a água que saciaria a sua sede para sempre.

As evidências de sua história apontavam por buscar algo que a preenchesse e que até aquele momento ela não conhecia. .

Aquele que estava para ofertar se coloca na condição de pedir: “— Por favor, me dê um pouco de água. ”João 4:7
 Era o olhar de Jesus para dentro as profundezas do coração humano, aquela que estava acostumada a servir receberia naquele dia VIDA! .

Ele estava sentado ali para ressignificar uma vida sem significado algum. Embora viva, ela estava morta.

Bebia de uma água e não era saciada, sem esperança, discriminada, ela desceu seu balde em um poço inesgotável de graça.

Jamais retornaria para sua casa como chegou, mas o poço nao foi até ela. Houve um caminhar diário até chegar a esse momento. .

A voz de Jesus ecoou em sua alma a dentro e naquele momento ela entendeu que estava totalmente exposta para ser transformada.

Chame seu marido, aponta para o passado, a confissão de ter tido cinco, aponta para o futuro.

A declaração final de Dai-me de beber dessa água, conectava o improvável, ao sagrado.

E assim somos nós! Desnudadas na presença de Deus nos colocamos diariamente à fonte de água viva inesgotável para nEle saciarmos. .

Entendemos que neste lugar no espírito é nosso lugar, fomos resgatadas e impactadas pela sua presença, a água que bebemos alterou o fluxo de uma caminho que fazíamos diariamente mas não encontrávamos o que pudesse matar nossa sede.

Até encontramos com Ele no poço de nossa debilidade, e somos testemunhas VIVAS de sua majestade... para que então ouçamos também a mesma declaração!

 “Agora não é mais por causa do que você disse que nós cremos (...) E sabemos que Ele é o Salvador do Mundo!
Jesus teve sede em pelo menos duas situações registradas nas Sagradas
Escrituras: neste episódio com a mulher samaritana, e na cruz, quando disse “tenho sede”. Nesta última ocasião, deram-lhe vinagre em vez de água.
O que teremos para oferecer, quando nos pedirem “dá-me de beber”?
Se, por um lado, Jesus se revela plenamente humano ao dizer: “tenho sede”, por outro, ele se revela maravilhosamente divino ao oferecer a água da vida:
“Quem beber da água que eu lhe der, nunca mais terá sede.”


Texto Interpretação: Carla Martins
Referencias: Rude cruz-Estudos Bíblicos
Bíblia Sagrada_ Joyce Mayer

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