Ontem em meio a um turbilhão de mensagens e posts da Academia de Mulheres, alguém me abordou sobre a repercussão positiva de uma trabalho que havia feito para o Senhor. Em instantes meu coração encheu-se de alegria, uma sensação tão boa de estar fazendo a coisa certa e dedicando minha vida ao Senhor.

Mas, tudo não passou de minutos para que a mensagem chegasse ao meu coração: NÃO ASSINE A OBRA QUE NÃO É SUA.

Naquele momento me lembrei como as palavras de Jr 17:9 são verdadeiras e exortativas: "Enganoso é o coração mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?"  É uma verdade tão pouco observada nos dias de hoje.

Tão sutil como uma simples foto, um simples comentário, uma simples observação, um stories ou um vídeo inocente pode apontar para um problema sério no coração da gente.

Somente quem pode sonda-lo é Deus o coração de quem quer que seja. Por isso em Jeremias o Senhor atribui a sonda no coração com um valor importantíssimo pois é ela a nossa carta convite para descer até a casa do oleiro. Então disse: "O vaso de barro estragou-se em minhas mãos"

Entre tantos pop stars gospel, apostolados e lideres coaching famosos, temos sem exceção, à todos nós, desde os meros mortais desconhecidos como eu ou você, até os que receberam uma porção de abundancia ministerial para exercer seu chamado, com dons e talentos, precisamos ficar atento à essa situação.

João Batista não permitiu nem por um instante que lhe fosse atribuído qualquer louvor que pertencesse apenas ao seu Mestre Amado. Antes, ele obedientemente apresentou ao mundo o Cordeiro de Deus e alegrou-se ao perceber que seu nome estava sendo esquecido enquanto o de Cristo, exaltado.

Jesus deu o maior exemplo sobre isso, quando disse em João 8:28-29 : "EU SOU QUEM SOU e saberão que não faço nada por minha conta, mas falo somente o que meu Pai me ensinou, (...) pois faço sempre o que lhe agrada".

Entre fotos e mais fotos, entre posts e milagres, ações caridosas e lugares com multidões, entre curas e almas que estão sendo ganhas, a pergunta ecoa no coração. A obra é de quem afinal? Quem é o autor? Onde esta o vaso de barro que contem o tesouro que excede a tudo? Quem é o servo? Quem é o Senhor? Quem morreu na cruz? Quem distribui os dons?

Tudo é muito sutil, não dá nem para perceber, a desculpa esta em usar o nome de Deus, repetidamente, falar sobre Ele, mas usá-lo para se promover e não amá-lo para se esquecer. A ordem completamente inversa atingiu a todos nós que precisamos clamar: Filho de Davi, abram nossos olhos pois queremos ver.

Trago aqui a minha própria experiência, que algo tão absurdamente pequeno, incendiou meu coração e que continuo ouvindo : A OBRA É DE QUEM?

Essa mensagem é pra nós que, de alguma maneira, servimos ao Corpo de Cristo. Independente da nossa função, devemos sempre nos lembrar que Deus não divide sua glória com ninguém (Isaias 42:8).

Assim como João Batista, todos nós devemos, sim, nos esforçar para servir fielmente ao Senhor, dispostas até mesmo a morrer por Ele. Todavia, nunca devemos ter um pensamento muito elevado sobre nós mesmas.

Não devemos procurar de homens qualquer tipo de reconhecimento nem nos sentir especiais demais por obedecermos a Cristo. Se servimos a Deus, o fazemos como servas inúteis (Lucas 17:10)

 

Como João Batista, não podemos permitir que qualquer sentimento de orgulho ou vaidade brote no nosso coração ao exercermos as tarefas que Ele nos confiou. A idolatria é uma doença, um vírus inofensivo da admiração, mas que se usar o nome de Deus rouba Deus.

O povo no deserto fez um declaração: Vendo que Moises estava demorando no monte, foram ter com Arão e disseram: Faz-nos um deus para que nos conduza. E me pergunto, o que mudou de lá para cá?

Estamos fazendo de nós, simples mortais, deuses pela manifestação da Gloria de Deus através de nós.
 Será que estamos mesmo dispostos a abrir mão dos aplausos e de tudo que o mundo considera grandeza, para abraçar o serviço árduo de tornar o nome de Cristo conhecido, desaparecer com o nosso e não buscar qualquer direito a honraria? 

Será que estamos dispostas a tirar de nós mesmos os holofotes e apontar para Cristo, suplicando a todos a quem servimos a darem louvor somente a Deus? Afinal, que motivo temos de nos vangloriar sendo que devemos tudo a Cristo? Se fazemos o bem e almas são alcançadas através do nosso serviço, que mérito temos?

João respondeu, e disse: O homem não pode receber coisa alguma, se não lhe for dada do céu.
João 3.27

Certamente João Batista não recebeu qualquer galardão nessa terra, nem Paulo, nem Timóteo, nem Pedro, nem João. Teve uma vida longe de ser confortável, dedicou-se inteiramente em cumprir o seu chamado. Passaram fome, lutas, cadeias, náufragos, perseguição, decapitação.

Porém, podemos ter certeza de que grande foi o seu prêmio nos céus, pois humildemente negou a si mesmo afim de que Cristo fosse glorificado, completaram a carreira da fé.

E que assim também seja a nossa atitude, por mais escancarada que seja essa verdade, por pior que seja, por mais que doa, que ela seja confessada e arrependida em atitudes.

 Que a serviço do nosso JESUS também possamos ter a nossa alegria completa enquanto Ele cresce, e nos diminuímos. Enquanto o holofote humano apaga e a chama de CRISTO VOLTE A BRILHAR.

Para testar seu coração: